Consultor e especialista em Governança Corporativa. Palestrante e Conferencista internacional. Conselheiro da FIERGS. Certificado em Governança Corporativa pela SQS Suíça.
As empresas familiares possuem um índice significativo na economia do país, elas representam 85% do mercado. Porém esse percentual não as coloca em uma margem de segurança econômica, nem deixa as empresas familiares imunes ao fracasso, muitas fecham suas portas antes de chegar à segunda geração.
Diversos problemas surgem dentro de uma empresa familiar, e um dos que mais assombra os empreendedores é o temido processo sucessivo. A sucessão requer uma atenção direcionada, pois envolve aspectos emocionais e afetivos que podem abalar não só os laços familiares como também a sobrevivência e expansão do negócio.
Para que o sonho e crescimento de geração em geração se concretize os empresários devem ter em mente a importância da perpetuação dentro da empresa, um elemento de extrema acuidade para o fortalecimento e sucesso da empresa.
No momento dessa decisão uma série de questionamentos surge na cabeça do empreendedor. Como fazer a transferência de comandos sem chocar a cultura da empresa? Como perpetuar se sabemos que carisma e liderança não se transferem? E se o meu sonho não é o mesmo sonho do meu filho?
É de extrema importância que este processo de transição tenha a presença de um consultor, um profissional responsável para fazer a mediação de ambos os lados.
"É muito difícil realizar um processo de sucessão sem a presença do fundador. A presença dele é extremamente importante. Em caso de falecimento prematuro é necessário avaliarmos muitos fatores existentes dentro da empresa. Se existe a figura de um presidente, a definição dos trabalhos de cada membro da empresa, se existe a necessidade e o quanto seria importante a presença de pessoas de fora da família na empresa", explica o consultor especialista em empresas familiares e sócio-diretor da DS Consultoria, Domingos Ricca.
Uma empresa pode ser considerada familiar a partir de sua segunda geração, pois aí podemos dizer que a empresa já criou sua própria cultura.
Ter uma ideia, unir suas ideias, investir, manter, crescer e alcançar o sucesso. Tarefa que exige muita persistência. "Para empreender é necessário saber descentralizar o poder, dividir comandos. Acima de tudo respeitar e tratar seus parentes como profissionais. A profissionalização e a sucessão são os caminhos para perpetuar um negócio em família", declarou Ricca.